segunda-feira, 17 de outubro de 2011

c - C.I.A

Ainda sinto o cheiro de mofo dentro daquela grande casa onde estive não faz mais de 20 horas. Ela estava cercada de anjos que me amavam e me viam como eu sempre quisera ser vista.
Digo: as laranjas aqui são grandes e muito escuras, elas não são tão belas e acredito que nenhum pouco sensivéis. As maças podres não se encontram lá, elas nem existem. E também não há possibilidades de felinos tristes por lá, só existe a luz do sol e do céu entrando e habitando em meu quarto, enquanto eu costumo esperar o dia surgir e me alegrar com tamanha beleza.
Aquela noite em que estive com minha companheira me trouxe algo, não sei dizer o que houve, mas sinto uma dor. É como se ela tivesse arrancado o amor que existe em mim. Não existe mais conforto, só incomodo. Sinto saudade do Ró. Sinto falta do olhos de meu Bob, sinto falta de sua festa ao me encontrar. Sinto falta do grande e feliz grito dado por ti ao receber minha ligação. Sinto falta de mar de lá, que avistava sempre que cortava o continente caminho ao centro. Sinto falta daquele homem que chamo de pai, amando-me como deve ser e ao meu irmão. Sinto falta de uma mãe alegre, viva e trabalhadora. Sinto falta da saudade dos meus irmãos, quando eu ainda estava longe, a atenção que eu recebia. Sinto falta de ser admirada por algo nobre. Sinto falta de me amar. Sinto muita tristeza dentro de meu ser, me mata, me suga. E caí mais uma lágrima. Ouço Cartoons & Macrame Wounds e me sinto mais a vontade para relatar o que sinto, mesmo não conseguindo de exato compartilhar tudo. Dói mais um pouco, melhor eu parar, mais uma lágrima-agora. E...

Nenhum comentário:

Postar um comentário