domingo, 2 de fevereiro de 2014

Hoje as coisas são assim, não há meios nem formas, elas simplesmente são. Não há desculpa, só uma culpa. Culpa. Culpa. Culpa. Culpa.Culpa. Só tenho vontade de escrever isto: CULPA.

http://www.youtube.com/watch?v=PZnAmfjzq68

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Hoje é dia 1. A chuva decidiu ficar e para nós...deixar, a inspiração. Ele lá toca, canta e compõe, eu aqui: deito, levanto, olho as lâmpadas apagadas, o céu...o céu... cinza. Meu celular não para de apitar, é um pássaro, que veem me atormentar. É o desejo ,mas preciso tenho de evitar.
Lembrei hoje que é janeiro. Janeiro. Um mês frio. Frio de sentimentos frios. Frio de lembranças frias. Frio de beleza fria, a estética é mais fria ainda... Lembro do frio que encontrei quando repousei minha mão sobre a tua. Lembro da distancia que senti quando olhei o frio nos teus olhos. Quando enxergava tempestade.  Quando não escutava mais nada. Só conseguia perceber lentamente movimentos bruscos e desesperados...Até que de repente senti um impacto em minhas costas. Escutei o grito. Me desliguei. Desfaleci.
Desci o elevador da dor, da perda, do meio comum. Um lugar de caos, de fortes emoções. Olhava para trás na esperança de escutar alguns passos de encontro ao meu. Só lembrava do batimento cárdico. Do fantasma que me rondou.


- Enfermeira, faça algo!
- Não posso, temos que aceitar...Ela precisa ir.
Um espasmo, uma hora da noite que entraria pra história. 21:14 - 14/01/201?


Minhas noites são assim: taciturnas. Eu me lembro de nossa história. Dos carinhos, dos afagos, da mão sobre meu rosto. Ficou fácil dizer que sempre quando chove, me vem você...o céu despeja nas nuvens, e eu, despejo sobre meu rosto tudo o que guardo aqui, dentro, no ínfimo.




Hoje sou grande. Tenho quase uma família, e não a tenho. Não tenho. Você se foi e foi tudo juntamente contigo...


BASTA.


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domingo, 5 de maio de 2013

Dica de hoje

Precisamos re-escrever a todo instante uma nova possibilidade um novo olhar. Precisamos nos deixar permitir vivenciar certas "aventuras" para outras poder também descobrir. Não há como extrair impressões da vida se só tivermos nosso ponto de vista como o certo ou o melhor lado da história, é preciso algumas boas vezes, mergulhar no ponto de vista e experiência dos outros, afinal não somos melhores se estamos sozinhos, mas são os outros que nos mostram o mundo que temos ao nosso redor; é através deles que percebemos o quanto somos pequenos, o quanto o tempo passa, o quanto que enquanto muitos celebram a alegria outros na mesma hora choram por queridos que se foram.

Rodrigo F.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Sem te-la

E agora é tarde,

Agora lembrar de vc, e vê-la encaixada em cada fotografia que tenho dentro de mim já não é mais tão fácil. Olhar no corredor e não ver a luz do teu quarto acessa ou olhar para a porta do banheiro e não enxergar por nenhuma fresta e por nenhum barulho que tinha teu toque, vc. Vc saindo,simplesmente e com seus leves passos entregando ao chão o teu sentido...
Já não olho para os quadros, mas os tenho como sabor. Sabor de degustar teus dias que permanecem vivos aqui, e mortos neles... Olhar para cada um deles, e lembrar da cor, da cor do dia, da cor do momento em que estávamos presentes e lembrar das tuas cores.
Não consigo olhar para os pratos que fizestes e não senti-la em mim. Por um instante isto me sufoca. Mas o que me sufoca mesmo, é entrar no meu quarto e enxergar minha cama fora de lugar, desde as tardes que vc passava deitada nela, e nela se entregava...Seu corpo descançava, repousava, absorvia, recebia-me toda.
Eu fora traduzida à vc por meios de filtragem...Filtra-se, àquele dia, naquelas tarde todos os meus cheiros, todas as minhas pausas, todos os meus sonos, todos os meus livros, todos os meus toque na parede em que as cores verdes e marrons que see esbarravam...Filtrou toda emoção e sensação que meu quarto te expressava.
Te detinhas. Te guardava ali, dentro, de mim, comigo, e só.


Lembro das noites que me gritavas. Fitavas o teu olhar de desespero e medo dentro de meus instintos. Tão instintivos que lhe abraçavam sem saber como agir. Tão falhos que não passava de uma carência, que tinhas para comigo.

Lembro da madrugada em que vc, em seu quarto e eu no meu, conversávamos e ríamos. Ríamos. Como se a noite não passasse. Como se ela não tivesse fim... Sem contar nas noites em que vc queria dormir e eu queria senti-la presente nas falas...Precisava te escutar de madrugada, no escuro, era tua voz que me guardava, me segurava, me salvava...

E a feirinha? Quantas lembranças...

E esta...Lembrar de vc. Hoje. E saber que pude suportar essa ausência, que já somam quase 1 ano. Como pude? Como pude ser tão insana? Como pude suportar? Eu não entendo. E isso que me mata. Me suga. Como se sugasse tudo o que me liberta. Como se tudo que eu sentisse, não passasse de mais valioso e como se sua falta fosse substituída por outro algo, ou, momento efémero. Como se as coisas perdessem seu valor, como se vc tivesse perdido o valor. E como é amargo pensar nisto. Estar sem vc. Passar...Passar os aniversários de seus filhos sem te-la. Passar o meu aniversário sem te-la. Passar a gravação do gordo sem te-la. Passar a apresentação de recortes da Broadway sem te-la. Passar minha comemoração da Udesc na primeira fase, sem te-la. Passar as atrações de seus filhos artistas, sem te-la. Passar a despedida do Davi ,sem te-la. Passar a minha formatura, sem te-la. E passar a volta do Davi, sem te-la. Passar a decoração do natal sem você...  E agora...Passaremos o natal e o ano novo, sem...Sem teu abraço. Sem teu sorriso. Sem tua ternura. Sem teus toques....Sem vê-la. Sem te-la. Sem você. Ah...




Nos meus vagos pensamentos, nas minhas eternas leituras...E na alta admiração e envolvimento com a arte, tento supera-la. Tento me esconder em cartas,
Em linhas,
Em fotografias,
Em análises, conclusões, críticas...
Tanto me evitar. Pois me evitar é evita-la. Pois a tenho comigo, em tudo. Me vejo vc em sua intensidade. Me vejo vc em ser mulher. Me falta vc, me falta o teu acompanhamento para comigo. E eu odeio essa falta. Odeio. E odeio odiar esse tipo de Odío. Odeio o dia 14, porque ele me foi crucial. Porque ele me mostrou o que era a morte. Porque esse tipo de palavra hoje, me tem de uma outra maneira, porque ele me ensinou a amadurecer, e a continuar sem te-la... Porque esta data não se procrastina...Ela é irremediável. Porque são sentidos...Aliás, não tem nenhum sentido algum, só o sentido de um sentimento que me consome e me destrói. Só si tem uma data, uma dor, uma saudade, uma falta. Essa da qual eu falo e concluo, sem te-la.

sábado, 29 de setembro de 2012


No que me vem...pensar em vc. Es negro, um louco poeta solto e avulso ao interior do estéreo humano. Recita feito bicho feroz e bruto. Es bruto...Bruto no questionar, e deslizar das leituras que os fere e lhe insere auto-aprendizado. Es de cor- tu, es de raça preto. Es carvão.
Não me rola, me enrola, me desfaça em teus lençois da manhã, ou da tarde que são de retorno do café forte e 1/3 fraco e no
s determina olhares, olhares tão serenes que nos invade e nos impulsiona a nos vermos, amanhã, ou... outro dia, quem sabe bata saudade ou vontade. Vontade? Existe é curiosidade de mantermos-nos acesos, permanecemos claros e diretos. Diretos ao ponto de beija-lo e contigo deitar-me. Amor. Amamos- nos. Quer saber: somos amantes do amor, e fascinados pela loucura. Refaças teu artigo e me diga o que fazer, recite mais uma vez, e quero teu devaneio em meu correio real, necessito. Ele me anseia por mais...Do pouco que temos em realizar e simplesmente brincar com nossos dons, e fazer arte com nossas bocas que se esboçam no papel.
Permita-me entrar...
Corra para o espelho e olhe ao redor, estamos sós, e cheios...Cheios de nós, cheios de leituras intermináveis e questionáveis de amor. Lirismo inconscientemente. Mente de escritor, poeta ou contista. Conte-me mais sobre lá, sobre as danças, os famosos e sobre a beleza que lhe cerca desde que se descobri-se carteiro. Carteiro de olhar, carteiro de levar, carteiro de chamar, carteiro para amar. Cartas. Catarse. Vamos, temos mais, mais um pouco, mais um café. Ou, apenas um cigarro...


Até logo...


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Pratos teus

Eras tão simples quanto o carinho. Teu olhar era sereno. Teus detalhes sublimes. Tua boca artesã.
Eras como fonte... Dava frutos, causava paz, fazia o amor brotar em que menos se esperava.

Acordavas, observavas. Só. Eras tão séria, intensa, secreta. Decretavas. Chovia com a chuva. Seu calor no frio era absurdo. Tuas canções irradiavam nosso céu. Tua boca era mel. E eu como abelha, sempre de volta, para desfrutar um pouco, mas tão pouco que agora ele me sufoca. Sobre-vivo?
Existias? Agora fica difícil. Parece tanto tempo, parece uma eternidade. Parece que foi um sonho. Parece loucura. Pois é. Só eu a sinto longe. Só, eu sinto sua falta. Só lembro um pouco. São detalhes. Subjetividade de fotografias densas. Me afago no cheiro que ainda guardo, são como o ar. O sinto e não. Como se visse e não. Teu frasco está aqui, em minha comoda. Verde... "Forever".
Nesse charme de dia te refresco em minha mente, fecho os olhos e te tenho me abraçando, de pouquinho, devagar, mansinho. Fica. Permanece. Little Dragon, me ajude. Faça a ausência se estabelecer ausente e traze-la, ela, aqui. Bem aqui. O faças?

E, na chicará de chá se mostrava fina. Com as folhas eras sabida. No teu sorriso...ah, o teu sorriso. Era meu.


(Quando aperta aqui dentro
, te preciso, muito. Te desejo intenso. Me busque. Preciso de teu aconchego, de teus braços. De ti... Saudade,


Mãe.)