quarta-feira, 14 de setembro de 2011

São Paulo

Quarta. O dia amanheceu cinza e as cores nos farões se perdiam. Me deparo com a catraca do metro liberando minha passagem. Prossigo e resolvo sentar na cadeira que encontro ao caminhar, sento e abro o Caio F. e me refaço, perdendo-me em seus contos. Ao entrar no vagão me liberto de imediato ao deparar-me com tamanha alta isolação desta cidade tão conhecida, chamada São Paulo. Porém, com tamanha tristeza ao ver este povo defazado do natural. Sento enfrente "a vida". Ela está de ocúlos e já passa dos 40 anos de idade aparentando preocupação com algo, prova isso com sua mania constante de coçar a perna com suas unhas enormes e rígidas. A encontro na cor cinza, não só prova sua seriedade como sua lânguida face que se encontra nua. Em seus olhos enxergo cor e simplicidade, e a mala que ela carrega mostra a saudade que ela sente de seus filhos, ou talvez de alguém próximo ou tão distante que ela fora ou irá visitar. Seu misterioso sorriso é qualificado em um estado de espírito pertubardo e inconstante "feliz" .
Já os outros, as outras pessoas, estão ausente e se encontram em seus celulares, livros, fones de ouvidos, ipod's ou alguma nova tecnologia que as prende. Elas são algo que eu não sei decifrar e muito menos descrever, são tão pequenas que não vejo tanta importância, destacando alguns leitores, claro (risos)- eles ganham meu sorriso. As outras pessoas são vazias de vida, de sentimentos, de si e dos outros em sua volta. São tristes de alma. São detalhes inacabavéis. São Paulo.

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